Mal chegando ao Japão, fomos para a estação Nippori onde encontramos os senseis Kinzaburou e também nossos amigos Kiyo e Victor. E claro, não faltou muita alegria e barulho para os padrões nipônicos. E dali, logo depois de deixar nossas bagagens no hostel pertinho da estação Kita Senju, já fomos comer e beber (algo que se repetiu diariamente na viagem) em um Izakaya ali pertinho.
Nessa primeira semana, aproveitamos também para passear pra cima e para baixo para ver os sakuras e comer tudo o que é comida de kombini (lojas de conveniência) que iam de oniguiris aos sanduíches de pão com ovo. Mas o mais importante foi também que tiramos um tempo para treinar e graças à organização dos senseis, apresentações em uma série de lugares. Abaixo uma fotinho nossa treinando na escola do sensei, localizado ao ladinho da estação de Nishi Nippori.
Nossa primeira apresentação foi em Yokohama na Jica (Japan International Cooperation Agency). A Jica é uma entidade presente em vários países e possui uma série de bolsas para descendentes e não-descendentes realizarem intercâmbios no Japão, assim como envio de professores japoneses a outros países com o intuito de fomentar, desenvolver e promover o conhecimento e cultura do Japão.
Nessa apresentação, tivemos o apoio do Takeda san, grande incentivador do minyo e shamisen na América Latina que atualmente é o chefe da Jica na Argentina. Nessa apresentação tocamos nossos solos pela primeira vez no Japão e fizemos um repertório com músicas tradicionais como Dounan Kudoki e Saitaro Bushi, e tocamos uma música moderna que aprendemos para essa viagem!
Apesar do nervosismo da primeira apresentação, fiquei muito feliz de ver rostos conhecidos na plateia como minha amiga Louise, que tocava taiko comigo no Brasil, e a Kamila, que sempre participou dessa comunidade da música japonesa no Brasil e atualmente está vivendo no Japão como profissional de enka.
E ao final visitamos o museu da instituição que mostra bastante como era o modo de vida e de que forma viviam os imigrantes que foram buscar uma vida melhor em outros países como no Brasil. Na minha cabeça ficou passando várias vezes tudo o que possivelmente devem ter passado meus avós nessa aventura de mudar-se para o outro lado do mundo, em uma época que não existia google translator, ligação por vídeo e muito menos condições mínimas para viver no campo. Por tudo isso, sou agradecido aos meus antepassados e a todos os imigrantes que tornaram o caminho mais fácil para as seguintes gerações.
Para quem quiser assistir essa apresentação, segue abaixo o vídeo do Youtube!
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